domingo, 18 de outubro de 2015

O Mundo dos Livros #1 (Marina, de Carlos Ruiz Zafón)

Olá, olá!
Hoje trago-vos uma nova série aqui no blog.

Como sou de Letras e Humanidades, implica que tenha de ler uma quantidade de livros razoável, não só porque tenho apresentações, como também tenho de melhorar a minha forma de escrever.

Um dos meus objetivos é recuperar o ritmo de leitura e respetivo gosto, por isso tenho que me obrigar a ler. Então, para me ajudar, decidi criar esta série. Consiste essencialmente em falar-vos sobre um livro e dar a minha apreciação crítica.


Marina, de Carlos Ruiz Záfon







 Editora: Planeta

 1ª Edição: Setembro de 2010

 Tradução: Maria do Carmo Abreu

 Páginas: 260

Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ (5/5)









Resumo

   Este livro retrata a história de Óscar Drai, um adolescente de 15 anos, que é interno num colégio de Barcelona pertencente à igreja.
   Como Óscar vivia no colégio, nos seus tempos livres, decidia ir descobrir e vaguear pelas ruas de Barcelona. Um dia, durante um desses seus passeios, descobriu uma casa que aparentava estar abandonada. O seu aspeto, tal como uma melodia bela que ouvia vinda de lá de dentro, despertaram a sua curiosidade de forma a que fez com que Óscar entrasse. Durante a sua observação, encontra um relógio de bolso e decide averiguar de mais de perto. Até que é deparado com a presença de um homem, que o assusta e fá-lo sair dali a correr.
   Ao longo dos dias, sentiu uma grande necessidade de devolver o relógio roubado acidentalmente ao seu dono. Regressou à casa e foi nesse momento que conheceu Marina e o seu pai, Gérman, os donos da mansão. Tornou-se imediatamente amigo de ambos, mas ficando especialmente encantado por Marina. Então, a sua presença naquela mansão começou a ser habitual.
   Numa dessas visitas, Marina decidiu levar Óscar para um passeio. O seu destino era um cemitério, onde encontraram uma mulher vestida de negro a visitar uma campa que não tinha qualquer inscrição na lápide. Esta visita a esta campa era costume todos os Domingos, à mesma hora, acompanhada por uma rosa vermelha. Este mistério despertou a curiosidade dos dois adolescentes de tal forma que decidiram seguir a mulher e descobrir. Foi a pior decisão que puderam tomar, pois acabaram envolvidos num grande conflito do passado.
   A história é à base deste conflito enorme, perigoso e misterioso. Podemos presenciar algum terror no decorrer da ação, mas também um pouco de romance vivido pelos dois adolescentes.


Apreciação Crítica

   A minha irmã aconselhou-me a leitura desta obra e, à primeira vista, pensei "eu não vou gostar nada disto". Este é um livro que não tem nada a ver com o que costumo ler, isto é, romances. Mas como estava numa situação em que não tinha muito mais tempo para escolhas de livro, pois a minha apresentação era daí a 2/3 semanas, decidi lê-lo de qualquer das formas. Tenho-vos a dizer que foi a melhor decisão que tomei.
  Não é um livro muito grande e é de fácil leitura. O autor apresenta algumas descrições de locais e objetos, mas apresenta também muitos diálogos. Para além disso, é um livro muito cativante, pois é cheio de segredos e mistérios.
 

Passagens importantes

«Nada melhor do que ler acerca dos problemas dos outros para esquecer os próprios.» , página 95.

Eu adorei esta frase, porque descreve-me mesmo muito. Eu estou constantemente a tentar ouvir os problemas dos outros e a tentar ajudá-los, para me distrair um pouco do meu mundo, dos meus problemas.

«O tempo faz ao corpo o que a estupidez faz à alma.», página 113.

Esta frase fez-me refletir, sobretudo. Basicamente o que o autor pretende transmitir é: Ao longo do tempo, o nosso corpo vai envelhecendo, vai perdendo capacidades e aptidões. Quando tomamos alguma decisão sem refletirmos previamente, agimos estupidamente. E, por vezes, cometemos alguns erros. Estes erros conduzem ao sofrer das suas consequências. E o que é da nossa alma quando sofremos essas consequências? Será que continua igual, intacta e cheia de qualidades? Não. A nossa alma enfraquece e capta características mais cinzentas que não nos pertenciam. Então é isso: Da mesma forma que o tempo envelhece o corpo e torna-o menos capacitado, a estupidez atribui características mais fracas e mais negras à nossa alma.


Eu recomendo imenso este livro, mesmo aos que preferem outros tipos de leitura. Por vezes sair da nossa zona de conforto proporciona-nos algumas aventuras agradáveis. 


E vocês? Já leram este livro? O que acharam?
Espero que tenham gostado! Vemos-nos em breve! Beijinhos!



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